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terça-feira, 13 de abril de 2010

A CULINÁRIA NA TELA

Escolhendo o restaurante


Um bom começo para uma deliciosa refeição é escolher o restaurante onde deseja-se comer.

Se você prefere uma boa comida italiana pode começar pelo restaurante de dois irmãos no filme A Grande Noite (Big Night, 1996, de Stanley Tucci e Campbell Scott), na Nova York dos anos 50.

A próxima parada é em outro restaurante italiano, o Arturo al Pórtico, visto no filme O Jantar (La Cena, 1998, de Ettore Scola), onde há uma série de personagens-clientes, que estão ali para comer, conversar, brigar, dançar, cantar e se confessar.

Para paladares mais sofisticados uma boa opção é o restaurante Lido, cuja chef, protagonista do filme Simplesmente Martha (Mostly Martha, 2001, de Sandra Nettelbeck), é uma mulher solteira e solitária que ama cozinhar.

Para quem prefere um restaurante francês então veja O Amor está na mesa (Cuisine Américaine, 1998, de Jean-Yves Pitoun), uma leve comédia romântica sobre um jovem cozinheiro que, após ser expulso da marinha, consegue uma vaga em um dos mais badalados restaurantes da França. O filme é bem fiel ao retratar o frenesi da cozinha de um grande restaurante.

Entrada

Tomates Verdes Fritos (Fried Gren Tomatoes, 1991, de Jon Avnett), uma dona de casa frustrada conhece em uma clínica uma solitária viúva que lhe conta a história da forte amizade entre duas mulheres, proprietárias do Café da Parada do Apito e responsáveis pelos deliciosos tomates do título.

Comer, Beber, Viver (to 1994, de Ang Lee) é a história de um chef em Taipei, que vive com suas três filhas, que, por sua vez, não mantêm uma boa relação com o pai.

Amor à flor da pele (In the mood of love, 2000) que, nas palavras de seu diretor Wong Kar-Wai “È uma história sobre comida... é sobre duas pessoas, vizinhos, que estão comprando noodles (um tipo de sopa) o tempo todo... Era para ser um lanche rápido e se tornou um grande banquete”. Traídos por seus respectivos cônjuges, que são amantes, passam longas noites em solidão e acabam descobrindo que possuem muitas coisas em comum.

Para o diretor vietnamita Tran Anh Hung o seu filme As luzes de um verão (À la verticale de l'été, 2000) “È um filme sobre amor e comida, dois elementos carnais. Compartilhar comida tem diferentes significados para povos diferentes, pois todo mundo tem algum tipo de relação com ela”. Hung já havia explorado esse assunto no anterior O Cheiro de papaia verde (L’Odeur de la papaye verte, 1993), onde o ato de cozinhar serve quase como uma metáfora da vida. Filmes líricos e delicados como só o cinema oriental consegue ser.

Prato Principal

Vatel (2000, de Roland Joffé) faz parte de uma “gastronômia política”, aquela em que os interesses de uma nação ou de um governante em particular são discutidos durante as refeições. Um filme “apetitoso”, que conta com grandes interpretações de Gerard Depardieu e Uma Thurman.

Sabor da paixão (Woman on Top, 2000, de Fina Torres) uma linda mulher (Penélope Cruz) possui o dom de cozinhar e transformar todos os ingredientes culinários em magia. Com música popular brasileira na trilha sonora e muita comida e paixão, o filme torna-se uma comédia picante que deve ser saboreada.
Como água para chocolate (1992, de Alfonso Arau) trata da relação entre comida e paixão é extremamente visceral. As alegrias, tristezas e frustrações amorosas são divididas entre Tita e suas receitas, onde cada prato tem, literalmente, os sentimentos mais íntimos da protagonista.

Em 1871, uma francesa chega a um vilarejo na Dinamarca. Seu nome é Babette e ela é protagonista do filme A Festa de Babette (Babette’s Feast, 1987, de Gabriel Axel). Emprega-se na casa de duas irmãs solteironas e, algum tempo depois, ganha na loteria e prepara um jantar em comemoração ao 100º aniversário do falecido pastor, pai das mulheres com as quais ela mora. A princípio desconfiados dos prazeres de suas iguarias, os moradores da aldeia acabam cedendo às delícias de tão requintado banquete, que lhes proporcionam algo que até então nunca tinham vivido ou experimentado.

Pratos Exóticos

Neste item do cardápio, os filmes são para paladares um pouco mais aprimorados e menos sensíveis, sendo que nem sempre é possível saboreá-los com facilidade. Claro que qualquer um pode degustá-los, apenas não me responsabilizo por alguma má digestão que isso possa causar.

O Ladrão, o Cozinheiro, sua Mulher e o Amante (The Cook, the thief, his wife e her love, 1989, de Peter Greenaway) um gangster e sua mulher vão todas as noites a um restaurante, onde ela é ajudada pelo cozinheiro em encontros secretos com o amante. Sexo, poder, arte, comida e humor negro misturados na mesma panela, rende um filme forte, estilizado e intelectualizado, que não agrada a todos os estômagos. Os mais sensíveis devem tomar cuidado com a seqüência final – um banquete extremamente escatológico.

A Comilança (La Grande Bouffe, 1973, de Marco Ferreri) onde quatro homens – Marcello Mastroianni, Michel Piccoli, Ugo Tognazzi e Philippe Noiret - isolam-se em uma casa para comer e transar até morrer. Ferreri não está preocupado em ser sutil ou agradar o espectador. Só para estômagos fortes, que não se importam em ver um filme provocativo e cruel.

Tampopo – os brutos também comem spaghetti (Tampopo, 1986, de Juzo Itami), conta com muito humor negro e irreverência, a história de uma viúva que se empenha em salvar uma casa de massas. Um divertido banquete que satiriza a cultura oriental, podendo tornar-se indigesto para paladares um pouco mais conservadores, principalmente nas cenas do casal que mistura sexo e comida.

Dusan Makavejev, diretor iugoslavo, apresenta um banquete antropofágico no final de Sweet Movies (Sweet Movies, 1974), filme que mistura sexo, comida, pedofilia, açúcar, necessidades fisiológicas, política, vômitos e excrementos em um emaranhado de situações que beira o grotesco. Deveria vir com algum manual de contra-indicações e só é recomendado para quem deseja uma experiência forte e visceral.

Diferente de todos os filmes anteriores em O Discreto Charme da Burguesia (Le charme discret de la bourgeoisie, 1972, DE Luis Buñuel) um grupo de amigos burgueses reúnem-se para jantar mas nunca conseguem comer devido a diversos acontecimentos, um mais estranho que o outro. Obra genial do diretor espanhol Luis Buñuel, que mistura sonho, realidade e personagens que fizeram do sexo, da comida e da corrupção o centro da vida.

Bebida

Não há nada melhor para beber do que um bom vinho. Principalmente se é feito de uma forma tão artesanal como mostra o filme Caminhando nas nuvens (A walk in the clouds, 1995, de Alfonso Arau), que narra a história de amor de dois desconhecidos em uma vinícola.

Caso você queira uma aula sobre degustação de vinhos e um tour pelas vinícolas de San Diego, Califórnia, pegue carona com os dois amigos de Sideways – entre umas e outras (Sideways, 2004, de Alexander Payne), road movie etílico-depressivo sobre amizades, escolhas e frustrações do homem moderno pós-30 anos.

Sobremesa

Terminando a refeição, nada melhor do que uma deliciosa sobremesa, e se for de chocolate ou com chocolate, tenho certeza que ninguém irá reclamar.

E por causa disso, é impossível resistir ao filme Chocolate (Chocolat, 2000, de Lasse Hallstrom) que, literalmente, é para se “comer com os olhos”. Mãe e filha chegam a uma tranqüila cidade e abrem uma loja de chocolates, causando um enorme impacto na conservadora e pacata comunidade. Um filme que é quase uma experiência sensorial.

Café

E para finalizar, nossa última parada é no Bagdá Café (Bagdá café, 1988, de Percy Adlon), onde uma turista alemã, em viagem aos EUA, abandona o marido e hospeda-se em um bar de estrada, o café do título. Sensível fantasia sobre marginalizados e excluídos em uma América árida e desolada.

Entenda o que é molho, fundo e caldo.



Caldo
Caldo é uma preparação líquida proveniente do cozimento lento de ossos, legumes, ervas e temperos, muito utilizado no realce de sabor. É base para diversos pratos e sopas.


Fundo
Fundo é também uma preparação líquida feita com ossos, legumes, ervas e temperos, porém com extração de sabor e redução de líquido, para ressaltar ainda mais os sabores e aromas. Os fundos podem ser claros – feitos a partir de legumes, aves, peixes ou vitela – ou escuros, feitos com carne e ossos tostados. Fundos são a base para a preparação de molhos.


Molho
O molho é uma preparação, quente ou fria, que dá sabor e melhora aparência dos alimentos. Demi-glacé, velouté, bechamel, tomate e holandês são conhecidos como molhos clássicos, ou “grand sauces”. A partir dessas bases, uma infinidade de molhos pode ser produzida, a depender da criatividade e do gosto de cada chef. Os molhos também podem ser frios, como maioneses, vinagretes e condimentos do tipo mostarda, catchup e molho de pimenta ou soja.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Foodservice: Serviço Requer Profissionais do Futuro

Food Service, do inglês food = alimento, service = serviço. Além de sua tradução literal para o português, significa refeições preparadas fora do lar. É o segmento no qual o alimento é processado para que, ao final da cadeia produtiva, venha a ser consumido fora do lar. São as refeições feitas no local de trabalho, no local de lazer, em um hotel ou até mesmo em um hospital, ou ainda consumidas em residências, mas preparadas em restaurantes, empresas de produtos congelados, etc. O universo de atuação deste segmento abrange desde grandes cozinhas industriais e redes de fast-food, empresas de catering, bares, restaurantes e similares, escolas, sorveterias, padarias, até o ambulante que vende cachorro quente nas esquinas.

A demanda por refeições prontas fora do lar ocorreu nos EUA no final dos anos 50. Nas décadas de 70 e 80, chegaram as redes de fast-food e os restaurantes "delivery". Uma das tendências registradas nos anos 90 foi "trazer o jantar para casa". Variáveis como o maciço ingresso da mão de obra feminina no mercado de trabalho (que tradicionalmente se ocupavam das funções de preparo dos alimentos), o aumento do tempo de deslocamento nos centros urbanos, que impede que as pessoas possam ir se alimentar em casa, a diminuição do tempo gasto nas relações familiares e o avanço das relações trabalhistas, que fornecem uma alimentação de qualidade no ambiente de trabalho ou tíquetes-refeição estão impulsionando e fazendo crescer o mercado de food service.

As conseqüentes mudanças de hábito impostas pelo ritmo acelerado do dia-a-dia também contribui substancialmente para o crescimento do mercado de alimentação fora do lar. A oferta de pratos prontos, congelados ou de preparo instantâneos teve um crescimento de 323% entre 1998 e 2000.

A importância do segmento de alimentação coletiva na economia brasileira se traduz em números grandiosos e somente o desenvolvimento coordenado, o planejamento e a aceleração da profissionalização e a redução da distância entre clientes e fabricantes é que vão traçar este caminho de expansão.

O mercado de food service no Brasil oferece excelentes oportunidades. Mas para que as empresas fabricantes de alimentos e os operadores desta imensa rede de negócios capturem este potencial, é preciso uma reestruturação na cadeia de suprimentos, além da racionalização dos custos e a profissionalização dos serviços.

O mercado parece realmente ser ilimitado. Assim como as oportunidades de emprego crescem a cada dia, há a necessidade de formação específica para satisfazê-lo. A criação de cursos de formação, qualificação e capacitação nessa área é uma resposta imediata a esta demanda. Voltado para pessoas que desejam ingressar neste mercado rapidamente, sem perda de tempo, o curso tecnológico de negócios Alimentação (Food service) se coloca como opção.

Mercado de trabalho para os egressos deste curso parece não faltar. No Brasil, existem mais de um milhão de pontos de vendas de refeições fora do lar. O Departamento Econômico da Associação Brasileira das Indústrias Alimentícias (Abia) estima que nos grandes centros urbanos o número de refeições fora do lar chegue a 30% das refeições totais. De suas despesas com alimentação, os brasileiros destinam 23,7% do total à alimentação fora do domicílio. Os americanos destinam 50% e os europeus quase 70%. O mercado de alimentação vem crescendo 3% ao ano, enquanto o mercado de food service deverá crescer 8,5% ao ano até 2003.

Várias universidades já estão oferecendo cursos nessa área do conhecimento, abrindo perspectivas de aprimoramento acadêmico e profissional através de cursos de formação específica e levando-se em conta as habilidades requeridas pelo mercado. As organizações curriculares destes cursos abordam conhecimentos técnicos em alimentação como ferramentas a serem utilizadas nos negócios e, muitas vezes, conhecimentos de Ciências Gerenciais também são ministrados aos alunos.

Outros cursos visam desenvolver a habilidade de análise, a utilização de novos recursos e ferramentas que constituem hoje condição básica para o sucesso de um negócio na área de alimentação e a capacidade de avaliar e controlar esses recursos e ferramentas. É também objetivo desses cursos capacitar a gerenciar negócios na área de food service.

Alguns cursos também são concebidos para oferecer aos profissionais que atuam no setor – ou que desejam atuar – uma opção de educação no âmbito do ensino superior, com o objetivo de atualizar e ampliar conhecimentos técnicos, fornecendo ferramentas para abertura e gestão de empresas no ramo de alimentação e contribuindo para a formação de mão-de-obra especializada em um setor no qual existe forte demanda por profissionais qualificados.

Assim, as instituições educacionais estão preocupadas em formar profissionais aptos para gerenciar as várias modalidades de negócios, produtos e serviços de alimentação, utilizando as ferramentas gerenciais disponíveis e adequadas a um mercado altamente competitivo. Profissionais acreditados pela confiabilidade na prestação de informações sobre as melhores opções de negócios, demandas, potencial de crescimento e opções de investimento no setor de alimentação. Profissionais dotados de grande capacidade empreendedora, capacitado por amplo conhecimento técnico das matérias vinculadas à administração. Profissionais aptos a desempenhar funções técnicas nas empresas de alimentação, nas áreas de marketing, planejamento, custos e controle, e proficiente no uso de raciocínio lógico e crítico – analítico para a solução de problemas gerenciais.

José Henrique da Silva Junior

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Um laboratório de sabores


PREPARE-SE: de 4 a 7 de junho ocorre o Paladar - Cozinha do Brasil, no Grand Hyatt, evento que vai reunir chefs de todo o País e do exterior em aulas e workshops e promover degustações de bebidas, além de jantares e outras atividades especiais

Daqui a menos de um mês, São Paulo vai virar o ponto de encontro dos estilos culinários do País. O Paladar - Cozinha do Brasil, evento realizado de 4 a 7 de junho pelo Estado em parceria com o Grand Hyatt, reunirá chefs brasileiros e estrangeiros, além de outros experts em gastronomia e bebidas. Serão quatro dias de aulas, degustações, jantares e atividades especiais, tendo como elemento central os sabores nacionais - com seus produtos, seus pratos, tradições e perspectivas de futuro.

Programação do Paladar - Cozinha do Brasil

No ano passado, este verdadeiro laboratório aproximou chefs consagrados, quituteiros e profissionais com as mais diversas formações e conhecimentos. Neste ano, essa característica permanece, mas com a participação altamente enriquecedora de grandes chefs estrangeiros - não apenas aqueles já radicados no País, que, para nós, já são brasileiros. Mas também de grandes nomes internacionais.

Estão chegando os espanhóis Andoni Luis Aduriz (do Mugaritz, no País Basco) e Oriol Rovira (do Els Casals, na Catalunha) e o italiano Massimo Bottura (da Osteria Francescana, em Modena). A ideia é que, durante o evento, os cozinheiros exponham seus conhecimentos, troquem experiências com os colegas, mostrem receitas - e tudo isso poderá ser acompanhado pelo público.

QUESTIONAMENTOS

Totalmente dedicado ao fomento da culinária brasileira, este encontro (já em sua terceira edição) mantém os questionamentos básicos e os princípios originais: investigar produtos e técnicas nacionais; compreender melhor os ingredientes regionais; promover o intercâmbio de cozinheiros; buscar a construção de uma gastronomia de feição brasileira. Alex Atala, Mara Salles e Edinho Engel, que participam desde a versão inaugural do projeto, em 2006, estarão presentes. Carla Pernambuco, Helena Rizzo, Rodrigo Oliveira, Ana Soares, Alain Poletto, Claude Troisgros, Roberta Sudbrack, Nelsa Trombino, Jerônima Barbosa e outros grandes nomes vão compor um extenso painel de atividades (veja a agenda).

Neste ano, o Paladar - Cozinha do Brasil traz para São Paulo alguns estreantes, que não participaram do evento de 2008, também realizado no Hyatt. Entre eles, Ana Cláudia Frazão, chef e pesquisadora do Recife; Bernard Twardy, cozinheiro francês radicado em Fortaleza; e, de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, Conde Aquino e Dona Brazi, com produtos e pratos do Rio Negro.

DO VINHO AO CAFÉ

Cerveja, cachaça, café e, claro, vinhos, serão objeto de apreciações comandadas por especialistas. Já as palestras vão tratar de temas como a importância de criar denominações de origem controlada no Brasil (com Roberto Smeraldi). E a apresentação de frutas pouco conhecidas, conduzida por Neide Rigo.

JANTARES ESPECIAIS

Os almoços e jantares organizados pelo Grand Hyatt terão uma presença brasileira ainda mais forte (ao lado, a lista completa). Entre os menus organizados pelo Grand Hyatt, está o jantar Novos Baianos - grupo que reúne Edinho Engel, Beto Pimentel, Marc LeDantec e Paulinho Martins. E o encontro entre Brasil e Peru promovido por Carla Pernambuco e Coque Ossio. Os catalães Oriol e Marta Rovira, do Els Casals, restaurante de uma estrela Michelin, também preparam um menu especial. O Hyatt apresenta ainda - o evento é brasileiro, mas jamais xenófobo - um salão internacional, com degustações de vinho de vários países.

Mais informações e compra de ingressos, 11- 2838-3222 e paladardobrasil@hyatt.com.br. Ou em www.paladardobrasil.com.br.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Marinação de Carnes - Um processo de ponta no mercado mundial


O que há de mais moderno, em se tratando de condimentação de carnes, no planeta, é a marinação. O processo é largamente utilizado em muitos países europeus, asiáticos e nos Estados Unidos. Grandes empresas dedicam fatias importantes de seu faturamento em investimentos à pesquisa e ao desenvolvimento da sua linha de marinados, visando atender a crescente e consistente demanda do mercado.

A marinação é uma técnica simples que permite a condimentação antecipada da carne através de um meio líquido, ligeiramente ácido, onde tem que haver uma busca e uma preocupação em se busca equilibrar o pH da solução marinada com a carne escolhida.

Neste trabalho busca-se também o equilíbrio entre as ervas, os condimentos e o sal. Esta busca de equilíbrio está ligada a três fatores: basicamente que não haja a canibalização de um sabor em detrimento de outro, ou seja, que nada se destaque demasiadamente; que os ingredientes se compatibilizem entre si; que se busque trabalhar com os temperos afins a cada tipo de carne, respeitando-se as diferenças de sabores e afinidades existentes de um animal para outro.

As vantagens para se marinar carnes são muitas e você leitor agora pode estar perguntando: para que marinar?

As respostas são: para padronizarmos totalmente os temperos com as carnes e assim possamos obter carnes maravilhosas com o sabor igual, tanto no seu interior quanto em sua parte periférica; para tornar as carnes mais macias; para tornar as carnes mais suculentas; para aumentar a “shelf life” (vida de prateleira, conservação) das carnes; para aumentar a tolerância ao assamento em altas temperaturas, sem que as carnes desidratem excessivamente; para a fidelização da clientela; permite melhorar o faturamento per capita e global da empresa.

Ricardo Penna
Instrutor e consultor do Sebraetec e Senac, Ricardo Penna ou simplesmente Penninha, atua na área de processamento de carnes. Ele é autor de 32 manuais sobre o assunto e do livro “Alquimia do Churrasco”, 3ª edição.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Corte em Cubos


O corte em cubos pode ser usados para várias funções, como preparo para caldos ou usados de forma decorativa para pratos.
Este corte é um dos mais usados em cozinhas profissionais.

1. Use o mesmo processo de corte julienne, variando na espessura para formar cubos grandes e pequenos.
2. Coloque as fatias uma em cima da outra, e corte variando na largura para obter o tamanho de cubo desejado.
3. Junte os palitos e corte no sentido oposto formando cubos, variando o corte dependendo do tamanho desejado.

Corte Julienne


Dica: "Julienne" é um termo em francês para este tipo de corte, que consiste em fazer finos palitos de vegetais ou frutas. Podem ser usados de forma decorativa para vários pratos. Obs.: A faca tem que estar bem afiada.

1. Corte uma fatia fina do legume no sentido do comprimento, depois vire o legume apoiado neste corte, desta forma ele fica bem firme na tábua.
2. Agora corte o legume seguindo o comprimento, em fatias que tenham 5cm por 2mm. O corte tem que ser firme e preciso, para que as fatias sejam iguais.
3. Junte as fatias, uma em cima da outra e corte finos palitos num movimento contínuo.

Corte Chiffonade



Dica: Este corte é muito usado para folhas de alface, espinafre ou repolho. Também pode ser usado para ervas frescas como o manjericão.

1. Enrole a folha (neste exemplo, alface) bem apertada.
2. Corte no sentido contrário ao rolo de forma a fazer pequenas tiras. Este corte é muito usado para fazer a couve da feijoada.

Como Cortar Verduras e Legumes


Muitas receitas exigem que as verduras ou legumes sejam cortados em tamanhos variados. Para a maioria dos casos, deve-se usar um faca grande bem afiada. Pode-se também utilizar o processador, mas cuidado para não exagerar e transformar as verduras em purê.



1. Como cortar cebola: Tire a casca, deixando a extremidade da raiz para que a cebola não se desfaça, e corte-a pela metade.
2. Coloque uma das metades na tábua e segure-a firme, apoiando na extremidade da raiz. Com a faca grande, faça cortes horizontais até chegar à raiz, mas sem chegar a cortá-la.
3. Faça cortes verticais no sentido do comprimento nessa mesma metade. Em seguida, fatie a cebola na transversal para picá-la, controlando o lado da faca com o dedo. Tire a raiz.
4. Como picar alho: Coloque uma faca grande deitada sobre o alho e pressione-o devagar com o lado do punho, esmagando-o ligeiramente para soltar a casca. Retire-a.
5. Amasse novamente o alho descascado para achatá-lo, depois comece a picá-lo. Quando estiver cortado em pedaços, continue a picá-lo e amassá-lo até transformá-lo quase em uma pasta. Segure a ponta da faca sobre a tábua, levante e abaixe o cabo com a outra mão, movendo a lâmina para frente e para trás. A faca meia lua é ótima para isso.
6. Como picar ervas frescas: Segure as folhas ou ramos, todos juntos, e pique-os grosseiramente. Continue a picá-los da mesma maneira que o alho (sem esmagar). Pode-se usar esse método para verduras e para gengibre fresco. Aqui também a utilização da faca meia-lua facilita o trabalho.

Onde você coloca o sal?


O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.

Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
Ruim - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água. Enquanto a água corria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?'
- Bom! disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.
- Não disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras:
É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.

(Pensamento Zen-Budista)
Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos.

Brasil Sabor - 15/04 a 15/05/2010

A quinta edição do Festival Brasil Sabor acontece no período de 15 de abril a 15 de maio de 2010, envolvendo restaurantes de todo o país em uma grande ação de promoção e valorização da gastronomia brasileira. O evento faz parte do esforço entre a Abrasel, Sebrae e Ministério do Turismo, que deu origem ao Movimento Brasil Sabor, um conjunto de ações estratégicas que buscam a promoção e valorização da gastronomia brasileira como um diferencial competitivo para o setor de turismo do país.

O Festival Brasil Sabor é uma das principais ações deste Movimento e traz como proposta evidenciar a “comida do lugar” de todas as regiões do país. Dentro deste conceito, serão enfatizadas as tradições gastronômicas locais, o que é nato e exclusivo de cada região ou estado brasileiro, ou seja, a “comida do lugar”, colocando-a no prato do turista, como forma de marcar positivamente suas experiências de viagem. O evento pretende aguçar a percepção dos consumidores locais e turistas, sobre a oferta de produtos turísticos tendo na gastronomia típica de cada região um de seus importantes atrativos.

O Brasil Sabor demonstra que além de seus belos roteiros turísticos e de sua valiosa cultura, nosso País possui uma riqueza de dar água na boca: a gastronomia. Além disso, comprova que com sua variedade de ingredientes, temperos, aromas, cores e sabores a culinária brasileira é, sem dúvida, um dos importantes atrativos turísticos que o Brasil tem a oferecer.

Como funciona

Repetindo o sucesso das edições anteriores, os estabelecimentos participantes oferecerão ao público, a preços diferenciados, durante todo o período do Festival, um prato específico para o evento, que melhor represente a “Comida do Lugar” levando em consideração a especialidade da casa, as características e tradições de cada região. Os pratos são servidos nos próprios restaurantes conforme os horários de funcionamento de cada estabelecimento.

Mais informações no site do evento [http://brasilsabor.com.br/].

sábado, 3 de abril de 2010

O mito da “zona de risco” de 4°C a 60°C é absurdo?


Sabe-se bem que patógenos alimentares podem se multiplicar entre -1,6° e 53°C, enquanto bactérias deteriorantes começam a se multiplicar na temperatura de -5°C (Snyder, 2006).

Além disso, ao contrário de crenças populares, a maioria dos patógenos alimentares e toxinas não podem ser vistos, cheirados e tampouco são palatáveis.

O. Peter Snyder, Jr. Food safety hazards and controls for the home food preparer. Technical report, Hospitality Institute of Technology and Management, 2006.

Algumas Siglas


O Manual de Boas Práticas (BPM) trata-se de um documento, segundo a Resolução nº 216/04 proposto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que determina o regulamento técnico de operações de requisitos higiênico-sanitários, manutenção, higienização e demais procedimentos de boas práticas para serviços de alimentação.
 
A Ficha Técnica de Preparo (FTP) é “um instrumento gerencial de apoio operacional, pelo qual se fazem o levantamento dos custos, a ordenação do preparo e o cálculo do valor nutricional da preparação”, sendo, portanto, útil para subsidiar o planejamento de cardápio. A implementação das FTP beneficia todas as categorias envolvidas no processo de produção: facilita o trabalho do profissional de nutrição, promove o aperfeiçoamento dos funcionários e, principalmente, na medida em que permite controlar o valor energético total e os nutrientes fornecidos, promove a melhoria da saúde da população atendida.
 
As Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) visam produzir refeições nutricionalmente equilibradas, dentro do padrão higiênico-sanitário e que possam contribuir para manter ou recuperar a saúde de coletividades.
 
As Boas Práticas de Fabricação (BPF) consistem em um conjunto de princípios e regras para o correto manuseio de alimentos, visando o controle de qualidade e a produção de alimentos seguros.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ferran Adrià

Ferran Adrià Shares Philosophy and Cooking Techniques with Students at the CIA

Hyde Park, NY, March 26, 2009 – Ferran Adrià, chef and co-owner of Spain's famed elBulli, spent a day with students at The Culinary Institute of America (CIA) in Hyde Park, NY on Wednesday, March 25. elBulli has been selected as the best restaurant in the world four times in the last six years by England's Restaurant magazine.

In the morning, about 1,100 students came to hear Chef Adrià speak about his culinary background and cooking philosophy. The 90-minute presentation included an opportunity for students to ask questions of the man who is widely considered the best and most innovative chef in the world today.

In the afternoon, Chef Adrià's cooking style—which he calls "deconstructivist"—was on full display while he showed how he develops recipes with unexpected contrasts of flavor, temperature, and texture. The two-hour demonstration was a treat for the more than 1,300 students and faculty attending, as Chef Adrià rarely cooks away from elBulli and his test kitchen in Barcelona, Spain.


The following day, Chef Adrià received the college's Augie™ Award as Chef of the Year during the annual CIA Leadership Awards dinner at Cipriani 42nd St. in New York City.

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Ferran Adrià Chef del año en Estados Unidos

El 26 de marzo fue un buen día para Ferran Adriá ya que The Culinary Institute of America le nombró “Chef of the year” en Estados Unidos en la entrega de los premios AUGIE.

The Culinary Institute os America es una universidad que ofrece títulos en artes culinarias, panadería y respostería cada año a 2.300 nuevos alumnos. Y todos los años entregan los premios Augie en tres categorías, Salón de la fama, Chef del año y Alumno del año. 

Los premios Augie deben su nombre a Auguste Escoffier quien popularizo la cocina francesa tradicional. Ferran Adrià de esta forma recibe un buen respaldo para continuar su expasión por Estados Unidos, donde tiene muchos proyectos empresariales y educativos abiertos.

 

O que é proatividade?

 
Conheça uma das características mais apreciadas durante uma seleção de estágio, emprego ou trainee.

Você já ouviu falar em proatividade? Pois é. Trata-se de uma palavra que roda na boca e nos conceitos de selecionadores e que, se for mesclada com todos os outros requisitos, pode facilitar sua entrada em uma grande empresa. Se você é uma pessoa que, de uma forma ou de outra, tenta encontrar diversas maneiras para resolver um problema ou executar uma ação, pode-se considerar no time dos proativos.

De acordo com Maria Luiza Esteves, gerente de Consultoria em Recrutamento e Seleção da Pró-Recursos Humanos, proatividade é sinônimo de iniciativa, de superar as expectativas iniciais.

O profissional proativo é aquele que se antecipa às situações. Ele tem conhecimentos sobre sua área de atuação, sabe como seus colegas trabalham e aproveita para adquirir experiências com eles, mesmo não tendo muito tempo. Ou seja, o proativo tenta, em todas as situações, adquirir o máximo de conhecimentos (muitas vezes inconscientemente), o que lhe permite antecipar-se aos fatos.

No caso dos universitários, a proatividade pode ser observada naquele estudante que tenta conseguir o máximo de informações sobre determinado estágio com um colega de classe. "A universidade permite, na maioria das vezes, que o aluno desenvolva o raciocínio crítico e não fique alheio ao que está acontecendo ao seu redor", diz Maria Luiza. Este senso crítico faz com que os universitários sejam em sua maioria proativos, mesmo que em níveis diferentes.

O estagiário proativo destaca-se entre os outros pela qualidade das informações e questionamentos formulados durante uma entrevista de seleção. "Ele procura se colocar em uma situação futura, o que lhe permite fazer considerações com maior aprofundamento e qualidade”, relata Maria Luiza.

O profissional proativo tende a ser uma peça útil, na maioria dos casos, apenas àquelas empresas que precisam desse tipo de mão-de-obra. “Um profissional proativo pode se frustrar se não tiver funções que lhe permitam sair da rotina”, explica Maria Luiza.

Isso não quer dizer que ele não possa trabalhar com atividades rotineiras. Existem empresas que contratam o funcionário para atuar em uma determinada área e, ao perceberem seu potencial proativo, o remanejam para um departamento em que suas qualidades possam ser mais bem desenvolvidas e aproveitadas. "Cada profissional vai ter sucesso de acordo com a maneira com que ele se ajusta à empresa", diz Maria Luiza.