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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Restaurante Por Quilo - Restaurante Self-Service, CUIDADO!

Restaurante Por Quilo - Restaurante Self-Service

Veja matéria publicada no jornal "Folha de Sâo Paulo" sobre a qualidade das refeições servidas nos restaurantes Self-Service (estão instalados 2.500 restaurantes self-service - 2011).

Almoçar em restaurantes self-service na cidade de São Paulo entre as 14h e as 15h pode significar um risco à saúde. Nesse horário, a maioria dos alimentos disponíveis nos estabelecimentos está imprópria para o consumo devido ao longo tempo de exposição a uma temperatura inadequada.

Essa é uma das principais conclusões de pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública da USP em 20 restaurantes da capital paulista. Foram colhidas 80 amostras de alimentos em três horários diferentes: das 11h45 às 13h, das 13h às 14h e das 14h às 15h.

No último horário, que se aproxima do final do expediente para servir almoço, 79,55% das amostras de alimentos estavam impróprias para o consumo porque foram processadas ou mantidas no balcão de maneira inadequada.

Das 44 amostras recolhidas nesse período, 34 apresentavam coliformes fecais -que funcionam como indicadores de higiene-, algumas com índices até 10 milhões de vezes acima dos padrões microbiológicos aceitáveis.

Duas das principais bactérias que causam intoxicações alimentares, a Salmonella ssp e a Escherichia coli, foram encontradas em amostras recolhidas entre as 14h e as 15h. Os sintomas mais comuns das doenças transmitidas por alimentos impróprios para o consumo são diarréia e vômito. Em casos mais graves, as reações podem levar à morte.

Segundo o médico sanitarista Alexandre Panov Momesso, 29, que fez o estudo como tese de mestrado, os resultados indicam que muitos alimentos já saem contaminados da cozinha, devido à manipulação inadequada ou falta de higiene, e sofrem uma elevada multiplicação bacteriana em razão do longo tempo de exposição no restaurante a uma temperatura inadequada.

Temperatura

Apenas 12,5% das amostras recolhidas para a pesquisa encontravam-se em temperaturas ideais. Os alimentos quentes deveriam ficar a uma temperatura superior a 60ºC e os frios, a menos de 10C. Essas temperaturas impedem que as bactérias se multipliquem, diminuindo a possibilidade de intoxicações alimentares.

Segundo Momesso, os proprietários dos restaurantes alegaram desconhecer a temperatura adequada para conservar os alimentos frios e os quentes. Para a Semab (Secretaria Municipal de Abastecimento), o argumento é "injustificável" porque os donos de restaurantes passam por um treinamento básico antes de conseguir o alvará de funcionamento.

Além da temperatura inadequada, o médico afirma que a reposição da comida exposta é feita de maneira errada. Quando determinado alimento chega ao fim no balcão expositor, os funcionários dos restaurantes simplesmente jogam uma nova quantidade por cima dele, em vez de lavar ou trocar as bandejas. Uma pessoa que vai almoçar no final do expediente provavelmente vai comer parte do que foi colocado na bandeja pelo menos quatro horas antes, tempo suficiente para que ocorra a multiplicação das bactérias.

"Tem bife que conta a história da pessoa", afirma o microbiologista e biomédico Roberto Martins Figueiredo, 47, referindo-se ao longo tempo de exposição dos alimentos nos restaurantes. Soma-se a isso o fato de as pessoas falarem perto das bandejas e até mesmo tocarem nos alimentos na hora de se servir, ainda que acidentalmente, o que aumenta as chances de uma contaminação cruzada, ou seja, provocada por um agente secundário. Para Momesso, o ideal seria que houvesse balcões protegidos. Do total de restaurantes pesquisados, 55% eram balcões completamente abertos. Momesso também considera importante a colocação de pias para a lavagem de mãos em locais estratégicos para evitar que as pessoas contaminem os alimentos expostos. Apenas 4 dos 20 restaurantes pesquisados dispunham desse item.

Segundo o microbiologista Roberto Figueiredo, um bom indicativo para saber se o restaurante está cumprindo as normas, no que diz respeito à temperatura, é o vapor saindo das bandejas. "A temperatura do banho-maria deve ficar entre 80ºC e 90ºC para que os alimentos mantenham os 60ºC."

Outro detalhe que os consumidores podem observar é se os balcões dispõem de barreiras (tampa de vidro, por exemplo) que protejam os alimentos de saliva e fios de cabelo, por exemplo.

Figueiredo afirma que muitas vezes as pessoas não relacionam um mal-estar a uma intoxicação alimentar porque o período de incubação de algumas bactérias patogênicas pode demorar até 72 horas. "Ninguém lembra do que comeu há três dias", diz. Além disso, segundo ele, algumas doenças veiculadas por alimentos têm sintomas diferentes aos clássicos diarréia e vômito. Uma delas, por exemplo, provocada pela bactéria Staphylococus fecalis, pode causar febre e dores no corpo durante uma semana.

SP tem 35 fiscais para todo o setor 

A melhoria das condições sanitárias e da qualidade dos alimentos oferecidos pelos restaurantes self-service só deve acontecer quando a população aprender a denunciar as irregularidades.

Essa é a opinião de Waldemar José Sá de Azevedo, 47, diretor técnico do departamento de inspeção municipal de alimentos da Semab (Secretaria Municipal de Abastecimento). Mas, mesmo que as denúncias fossem mais frequentes, dificilmente a Semab conseguiria atender a demanda. Há apenas 35 técnicos para fiscalizar todo o comércio varejista de alimentos na cidade, mais de 80 mil estabelecimentos. Apenas sete funcionários trabalham com surtos de intoxicações alimentares.

No ano passado, das 3.789 denúncias recebidas, 51% foram verificadas no local pelos técnicos. Houve no período 577 interdições, segundo a Semab.

O universo de restaurantes self-service ainda é um enigma para a Semab, que inicia neste ano um recadastramento para criar um novo cronograma de fiscalização.

A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos estima que existam na capital cerca de 5.000 restaurantes, sendo que 50% seriam "por quilo".

As fiscalizações são feitas basicamente a partir de denúncias. Segundo Azevedo, a partir da municipalização da Vigilância Sanitária, a idéia é criar 39 equipes (com cinco funcionários cada). "Temos de descentralizar esse serviço, criar mais canais que possibilitem a denúncia", diz.

Segundo ele, os donos de restaurantes são treinados na Semab antes de obter o alvará de funcionamento. Além disso, recebem material informativo. "Se existem tantas irregularidades, não é por falta de informação", diz.

O médico Alexandre Momesso acha os comerciantes despreparados. "A maioria não sabia qual a temperatura adequada para a exposição dos alimentos", afirma. Para ele, falta rigor da prefeitura na hora de expedir o alvará de funcionamento de restaurantes. Para ele, os donos deveriam ser obrigados a colocar termômetro nos balcões para que o cliente pudesse fiscalizar a temperatura. Segundo Azevedo, o novo código sanitário, que passa a vigorar neste ano em São Paulo, já prevê a obrigatoriedade desse item.

Cardápio afasta dieta saudável, diz nutricionista 

Outro estudo da nutricionista Edeli Simioni de Abreu, 40, doutoranda da Faculdade de Saúde Pública da USP-SP, em quatro restaurantes "por quilo" no bairro Cerqueira César mostra que os alimentos e bebidas oferecidos estão longe de ser uma dieta saudável.

As refeições contribuem com 67,5% da necessidade energética diária de uma pessoa. Para trabalhadores que desempenham atividades que não exigem esforço físico, o ideal é que o almoço contribua com até 40%.

Para ela, a forma como os self-service escolhem o cardápio e dispõem os pratos induz a pessoa a optar por alimentos que "pesam" mais na balança. O cliente imagina que esteja lucrando e não escolhe alimentos saudáveis. "Entre uma lasanha e uma porção de arroz ele opta pela lasanha porque pensa que arroz tem todo dia em casa."

Maionese apresenta maior taxa de risco 

Maionese à base de legumes foi a comida que mais apresentou risco de contaminação, de acordo com a pesquisa do médico Alexandre Momesso.

Amostras do alimento foram recolhidas em 16 dos 20 restaurantes pesquisados. Em 15 deles (93,7%), as amostras estavam fora do padrão em pelo menos um dos parâmetros analisados.

Momesso afirma que isso demonstra um alto potencial de contaminação desse prato, possivelmente devido a falhas durante a manipulação ou no processo de higienização das matérias-primas utilizadas. Muitos dos alimentos usados na maionese (como salsinha e cebolinha) vêm diretamente do solo e possuem um alto grau de contaminação quando não são lavados corretamente.

A maionese também é a campeã invicta em número de surtos de intoxicação alimentar no país. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 2001 ela esteve envolvida em 19,4% dos casos.

Para o microbiologista Roberto Figueiredo, a alta incidência de surtos provocados por esse alimento está relacionada à bactéria Salmonella, transmitida, principalmente, por meio dos ovos usados na preparação da maionese caseira. Em 2001, a Salmonella foi responsável por 23,8% dos surtos de doenças veiculadas por alimentos no Brasil.

Na opinião de Momesso, a maioria dos restaurantes utiliza maionese industrializada, o que reduziria o risco de a contaminação ser provocada pelo ovo. Segundo ele, além do problema de higienização dos legumes, pode estar ocorrendo contaminação cruzada no balcão.

Números

Os números absolutos de casos de contaminação por alimentos no Brasil ainda estão longe de representar a realidade. Uma das razões é a falta de notificação compulsória dessas doenças. Ou seja, nem sempre que alguém procura um serviço de saúde com infecção alimentar a doença é notificada e investigada.

Comparando os números da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a confusão fica clara. Segundo a primeira, 17.265 brasileiros foram vítimas de infecção alimentar no período de 1993 a 2001. Já a Anvisa informa que 20.542 pessoas se intoxicaram com alimentos no período de 1999 a 2001.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MOLHO (2)

MOLHO MADEIRA
Existem várias maneiras de preparar.
Algumas pessoas substituem o molho Madeira por vinho do Porto, vinho tinto seco ou conhaque. Outras acrescentam champignon e açúcar e ao invés de amido de milho usam farinha de trigo.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Alimentos industriais utilizam insetos como corante

Alimentos industriais utilizam insetos como corante
Você com certeza já comeu muitos deles!
Coletivo Verde - Produtos Ecológicos


















'Via Blog this'

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

RISOTO BÁSICO



RISOTTO
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O risotto é um prato típico italiano em que se fritam levemente as cebolas e o arborio, ou o arroz em manteiga, e se vai gradualmente deitando caldo de carne e outros ingredientes, até o arroz estar cozido e não poder absorver mais líquido.
Risotto, que significa literalmente pequeno arroz, é um prato típico da região do Norte da Itália, mais especificamente ele provém da Lombardia. O risoto data do século XI quando o sul da Itália era dominado pelos Sarracenos e esses trouxeram o grão usado para a preparação do risotto. A grafia correta em português seria com apenas um "t". RISOTO.

Origem da receita original

A receita original de risoto surgiu em 1574. Por quase 200 anos, nesse tempo, havia muito trabalho na construção de uma Catedral, Duomo di Milano, havia carpinteiros, arquitetos e pintores de toda a Europa. Em uma pequena fazenda poliglota ali perto havia uma comunidade Belga: Valerio de Fianders, mestre na fabricação de vidros, tinha que fabricar algumas janelas para a Catedral e isso lhe trouxe muitos estudantes. Um em particular se destacava dos outros devido a sua habilidade de misturar cores. Seu segredo era misturar um pouco de açafrão quando o vidro estivesse pronto. Seu mestre sabia da paixão de seu mais prospero aluno por açafrão, mas fingia que não sabia de nada e se limitava a dizer a seu aluno, irritando-o, que se ele continuasse com isso iria acabar colocando açafrão no risoto. Ápos muitos anos de incomodação o aluno decide aplicar um truco no seu mestre: A filha de Valerio iria se casar e o aluno subornou o cozinheiro para esse colocar no risoto um pouco de açafrão. Imagine a surpresa dos convidados quando viram aquele arroz amarelo. Um teve a coragem de experimentar, depois outro e mais outro e todos adoraram surgindo assim o risotto alla milanese.

Receita básica de preparo
  • Uma cebola picada
  • 200g de arroz para risoto (arbório ou carnaróli) 
  • 1 taça de vinho branco 
  • 1L de caldo quente (# eu uso no máximo 700 ml #)
  • Sal e pimenta 
  • Manteiga ou azeite de oliva 
  • Queijo parmesão ralado
Aqueça o caldo em uma panela separada e deixe-o ferver. Doure a cebola na manteiga e acrescente o arroz. Frite um pouco e some o vinho branco até que esse evapore. Vá acrescentando o caldo aos poucos, uma concha de cada vez, sem que essa cubra todo o arroz, e mexa até evaporar por completo. Faça isso até que o caldo acabe, ou vá provando o arroz para ver o ponto. Acrescente o sal e a pimenta a gosto. Apague o fogo e acrescente o queijo. Sirva quente. 
Acrescente sabores ao seu risoto como tomate, queijos diferentes, frutos do mar, etc... 

BUON APPETITO!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Fabricantes erram teor alcoólico de vinho em rótulos


Um estudo da American Association of Wine Economists(Associação Americana de Economistas de Vinho) revelou que fabricantes da bebida anunciam em seus rótulos um teor alcoólico mais baixo de que o que a bebida tem.

O estudo, finalizado em maio, foi realizado no Canadá e usou amostras de garrafas importadas das principais regiões produtoras de vinho do mundo.Ao longo de 18 anos (entre 1992 e 2009), a pesquisa analisou o teor alcoólico de mais 129 mil amostras de vinhos de países como Argentina, Chile, França, Espanha e Estados Unidos, e revelou que os produtores "sistematicamente" minimizam o conteúdo alcoólico da bebida. O estudo não cita os vinhos produzidos no Brasil.O teor alcoólico médio dos vinhos analisados foi de 13,3%, enquanto o teor médio anunciado pelos rótulos era de 13,1%. Este número inclui todas as amostras estudadas. No total, 57% dos vinhos traziam números de álcool maiores de que o anunciado nos rótulos.

Apenas 10% da amostra avaliada trazia no rótulo a informação correta sobre o teor alcoólico da bebida.

Erro propositalA pesquisa alega que medir o teor alcoólico exato da bebida é fácil e importante no processo de produção do vinho, e que pode haver má-fé de muitas vinícolas ao rotular a bebida. "Os erros que encontramos não foram feitos de forma inconsciente", dizem os pesquisadores no texto final.Os pesquisadores alegam que as vinícolas americanas têm incentivos indiretos para "distorcer deliberadamente" a informação sobre teor alcoólico, a fim de pagar menos impostos e até ter maior apelo de vendas.Segundo o estudo, os vinhos do Chile, da Argentina e dos Estados Unidos foram os que demonstraram a maior diferença entre a quantidade de álcool anunciada e a que realmente estava presente na bebida. Os vinhos de Portugal e da Nova Zelândia foram os que tiveram a média de álcool encontrada na bebida mais próxima da média anunciada nos rótulos.

Os pesquisadores alegam que a motivação para realizar a pesquisa veio da observação que a quantidade de açúcar nas uvas colhidas na Califórnia havia aumentado 11%, o que naturalmente elevaria a quantidade de álcool na bebida após a fermentação deste açúcar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

‪Latte art - CAFÉ COM ARTE


‪Latte art - TV Espresso‬‏ - YouTube

Acompanhe o preparo de latte arts pelo barista Éder Ferreira (campeão brasileiro de latte art) para ilustrar a seção Espaço do Barista da Espresso de junho de 2008.
Somente com a pitcher ou com o auxílio de caldas e palitos, a graça de fazer arte na espuma do cappuccino é uma das tarefas que todo barista precisa aprender.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

MOLHOS


Na cozinha francesa há cinco molhos básicos conhecido como o "molhos-mãe." Saber o básico desses molhos pode elevar suas habilidades culinárias de um Commis (ajudante de cozinha) para um Saucier ("responsável por todos os itens salteados e molhos."). 

Bem, isso pode ser um exagero, mas você estará criando alguns excelentes molhos!

Béchamel
Também comumente denominado simplesmente como "molho branco", a base de bechamel é o leite que é engrossado com um roux branco (farinha e manteiga). Normalmente servido com ovos, peixes, massas, aves vapor ou escalfado, legumes no vapor, de vitela.


Velouté
A base deste molho é um fundo claro (aquele em que os ossos não foram assados, como peixe, frango ou de vitela) engrossado com um roux e temperado com sal e pimenta. O molho é geralmente denominado pelos ossos utilizados no fundo, por ex., Velouté de Aves ou Velouté de Peixe. Normalmente servido com ovos, peixes, massas, vapor e Aves escalfado, legumes no vapor, de vitela.


Tomate (molho de tomate)
O molho à base de tomate engrossado com roux é um classico e aromatizado com mirepoix (sauté de cenouras, cebolas e aipo) e saborizado alho, sal e pimenta e/ou um pouco de açúcar para equilibrar os sabores. Normalmente servido com peixes, massas e polenta, legumes grelhados, frango, vitela. O video mostra uma variação mais simples deste molho.


Espagnole (molho escuro)
Este molho rico é feito com caldo de vitela engrossado com um roux castanho. A roux marrom é feito pelo cozimento de farinha e manteiga lentamente em fogo baixo até profundamente dourada. Normalmente servido com carnes assadas.


Hollandaise
Uma emulsão de gema de ovo e manteiga. É normalmente temperada com suco de limão, vinho branco. Normalmente servido com ovos (como Eggs Benedict), legumes e aves leves e pratos de peixe.




sábado, 30 de abril de 2011

INHAME (taro)


O taro é muito apreciado na África Ocidental, na China, na Polinésia, nas ilhas do Oceano Índico e nas Antilhas. De acordo com a FAO (2002), a produção mundial de taro ultrapassou os 9,2 milhões de toneladas, sendo os principais produtores a Nigéria, o Gana, a China e a Costa do Marfim.

O tubérculo é rico em amidos, os quais representam de 30%-33% do seu peso seco, mas pobre em proteínas (1%-2% do peso seco) e em lípidos. São uma boa fonte de fibra dietética, vitamina B6 e manganês.

Em fresco é amargo e irritante devido à presença de numerosos ráfides de oxalato de cálcio, os quais apenas são destruídos por cozedura prolongada. Por essa razão, a ingestão de taro mal cozido pode levar a severos problemas gastrointestinais dada a presença dos ráfides e de compostos irritantes na seiva não processada.

Em geral os cormos têm uma utilização culinária semelhante à da batata, podendo também servir de base a sobremesas doces. A forma mais comum de consumo dos cormos é a sua utilização cozidos em água, fritos em óleo de palma (na África ocidental) ou em óleo de amendoim (Gana e Polinésia) ou assados sobre a brasa.

As folhas tenras também são comestíveis depois de bem cozidas para eliminação dos ráfides que também contém. Outra utilização das folhas é na feitura de bases de cozedura na panificação tradicional.

As folhas do taro são ricas em vitaminas e em sais minerais de interesse dietético. São uma boa fonte de tiamina, riboflavina, ferro, fósforo e zinco. São ainda uma excelente fonte de vitamina B6, vitamina C, niacina, potássio, cobre e manganês.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Cinco pensamentos necessários para transformar seu negócio em sustentável

De acordo com uma pesquisa feita pelo MIT e o Boston Consulting Group, 70% das mais de 2.000 companhias entrevistadas de todo mundo pretendem investir mais na área de sustentabilidade. Esse cenário global ocorre especialmente pelas mudanças que a sociedade sofre, visto que hoje as pessoas estão mais comprometidas com as questões sociais e vêm com bons olhos as empresas que também estão.

Um negócio é sustentável quando pensa em tudo e todos, isto é, planeja atividades, produtos, serviços e até ações de marketing levando em conta o bem estar da população e a conservação do planeta. A idéia pode parecer romântica, mas está extremamente atrelada aos lucros que a conservação do planeta trará para as empresas.

No caso das micro e pequenas empresas existem grandes vantagens em aplicar negócios sustentáveis. Confira abaixo cinco pensamentos que você deve ter em mente antes de transformar seu negócio em sustentável 

1- Imagem
As empresas que estão investindo em sustentabilidade e transformando sua visão de negócio além de contribuir de fato com o meio ambiente e sociedade a sua volta ficam com uma excelente imagem. Isso ocorre porque ela mostra aos clientes e fornecedores que é uma companhia que tem a responsabilidade social como princípio.

2- Pensar sustentável
Não adianta optar pela sustentabilidade apenas porque todos estão falando e porque é preciso fazer igual, esse pensamento é superficial. A partir do momento que você encara um novo projeto com a mesma lógica dos antigos ele não dará certo como antes era esperado. Invista em pesquisas e busque novos materiais e tecnologias, saiba sobre o ciclo de vida de seu produto, certifique-se de onde vem o material e se há como fazer o mesmo produto de maneira mais sustentável.

3- Informe-se
A partir do momento que você busca informações e cria uma consciência ambiental seu desejo por respeitar o meio ambiente e a sociedade passa a aumentar. Certifique-se também que seus colaboradores e fornecedores tenham conhecimentos sobre práticas e ações sustentáveis que podem ajudar o meio ambiente, como por exemplo, reduzir os gases do efeito estufa

4- Economia
Quando o negócio passa a ser sustentável seu custo inicial acaba sendo um pouco mais caro para aplicar a tecnologia, entretanto a manutenção é muito menor do que um negócio que não seja sustentável. Além disso, certas medidas podem ser tomadas, como não utilizar ar condicionado em dias mais frios, já que esses aparelhos emitem gases poluentes que contribuem com o efeito estufa.

5- Planeje
Para investir em sustentabilidade é preciso rever os processos, avaliar a matéria-prima utilizada e até mesmo os contratos que já foram assinados. Como as micro e pequenas empresas são menores, as alterações podem ser feitas mais rapidamente, portanto planeje suas mudanças.

Fontes: 
- Ana Esteves, presidente da AMCE
- Ana Ghislane, coordenadora do curso "Mudanças Climáticas e Sustentabilidade", do departamento de Engenharia Civil do CTC (Centro Técnico Científico) da PUC-RIO
- Davis de Luna Tenório, presidente do Grupo Eco
- Dorli Terezinha Martins, consultora do Sebrae-SP 

Obtido no fórum do portal Santander Empreendedor.

segunda-feira, 28 de março de 2011

FOODista


O Foodista é uma plataforma lançada no ano passado em Seattle, nos Estados Unidos, cujo objectivo é construir e partilhar receitas.

Funciona como a Wikipedia – ou seja, podem-se editar artigos, melhorar e alterar receitas – e tem também informações sobre os ingredientes básicos, combinação de ingredientes, técnicas de cozinha e instrumentos (ou aparelhos) de cozinha.

A Wikipedia das receitas tem milhares de fotos de pratos perfeitos – demasiado perfeitos, por vezes… – em alta resolução. E conteúdos editáveis ou links para blogs específicos relacionados com este assunto.

quarta-feira, 16 de março de 2011

As Artimanhas dos Supermercados



(Gastronomia Descomplicada)
[http://gastronomiadescomplicada.blogspot.com/2011/02/as-artimanhas-dos-supermercados.html?spref=bl


"A partir de março, nós brasileiros precisaremos ficar atentos, pois a inflação dos alimentos deve voltar a acelerar. A saída é economizar e não cair nas armadilhas dos supermercados. Para os consumidores, existem algumas dicas parar fugir dessa alta de preços e fazer o consumidor economizar algum dinheiro."


1 - Ir ao supermercado sem fome é a lei número 1 do consumidor prevenido. Mas você sabia que gasta menos quando faz compras sozinho? Esse cuidado pode reduzir em até 30% sua conta do supermercado.


2 - A variação de preços entre o mesmo produto pode chegar a 151%, comparando a marca líder e as marcas próprias dos supermercados. Ou seja, comprar as marcas que levam o nome do supermercado pode ser econômico. Em análises, foi observado, por exemplo, que sacos de lixo da marca CARREFOUR, facricada pela EMBALIXO, custava R$ 3,29, enquanto a mesma mercadoria, com o selo do fabricante custava R$ 8,29. Exatamente o mesmo produto, produzido e embalado pela mesma empresa, chega a apresentar uma diferença muito significativa. Segundo a EMBRAPO (Associação Brasileira de Marcas Próprias), os genéricos são, em média, 15% mais baratos do que seus similares.


3 - Essa dica todo mundo já conhece, mas insiste em não fazer. Ir com os filhos ao supermercado pode ser um programa agradável. Mas acreditem, se o objetivo for economizar, é melhor deixar as crianças em casa. Os filhos enchem o carrinho de guloseimas e outros produtos supérfluos, geralmente muito caros. Afinal, poucas pessoas sabem dizer não a uma criança pidona, ainda mais quando estão em público e o medo de possíveis manhas está sempre presente.


4 - O principal objetivo de um mercado é ser um ambiente de onde os consumidores não queiram sair. Por isso, as cores e a temperatura são agradáveis. A disposição dos corredores faz com que você ande mais e bata o olho em outros produtos. Vale reparar também como as lojas nunca contam com janelas ou relógios, afinal elas nos fazem desviar a atenção das gôndolas. Neste caso, seja objetivo e leve uma listinha para não se perder neste fantástico mundo.


5 - Tome cuidado com o trânsito de carrinhos. Não é à toa que os corredores são tão estreitos. Dois carrinhos, por exemplo, já são suficientes para congestionar o espaço e, consequentemente, desviar sua atenção para outros produtos enquanto você aguarda a liberação do trânsito.


6 - Nem sempre os produtos em promoção são os mais baratos. Acostumem-se a olhar a prateleira inteirinha antes de escolher o que vai levar. Na altura dos olhos estão os mais caros. Ao alcance das mãos, aqueles que podem ser levados por impulso. Embaixo, os que mais chamam a atenção da criançada, principalmente nas seções de doces e brinquedos.


7 - É perto da entrada principal que ficam dispostos os produtos mais tentadores (como eletroeletrônicos) e as ofertas sazonais (por exemplo, ovos de Páscoa e presentes para o Dia das Crianças). Tudo tem apelo visual. Como o carrinho está vazio, você fica ainda mais propenso a comprar.


8 - As gôndolas que ficam perto dos caixas estão repletas de produtos pequenos, capazes de caber mesmo num carrinho lotado. Apesar de serem miúdos, os preços podem ser bem salgados.


9 - Ao encontrar uma promoção do tipo ''pague 1, leve 2'', confira o preço individual. Nem sempre a promoção vale a pena. Outra possibilidade é em vez de levar uma embalagem a cada semana, você optar por uma maior e pagar menos por cada unidade do produto.


10 - O leite não está mais onde ficava? Tranquilo, você não sofre de problema de memória... Alterar repentinamente a disposição dos produtos é outra artimanha dos mercados. Assim, você é obrigado a andar mais dentro da loja. A mesma estratégia faz com que os produtos básicos, como carnes e verduras, fiquem bem ao fundo do estabelecimento.


 11 - Uma dica muito importante para economizar com frutas, verduras e legumes é saber as épocas de safra de cada uma. Durante esses períodos os preços são sempre mais baixos e a qualidade do alimento é muito melhor.


12 - Concluindo, antes de sair de casa, faça uma lista dos produtos que estão em falta. E não pare nas seções que não têm itens presentes na sua lista.

sábado, 5 de março de 2011

COMER E IDEALIZAR: evoluções na gastronomia.

RESUMO
Este trabalho aborda a conceitualização do termo gastronomia, e de como pode ser entendido no dias de hoje. Como foi estudado ao longo do curso através de disciplinas teóricas e vivências experienciadas, com a proposta de elucidar o conteúdo histórico, sociológico e antropológico da gastronomia. Aborda algumas das tendências da alimentação contemporânea e antiga, como elas se relacionam entre si, e a ressonância nas diversas sociedades. Trata do patrimônio alimentar e gastronômico, do contexto de transformação das práticas alimentares, da diversidade dos sistemas alimentares, também do aspecto que é fundamental na significação da alimentação: a identidade. Discute a relação da alimentação como forma de poder e distinção social. Situa a alimentação na perspectiva da cultura material. Procura contextualizar problemáticas da alimentação na sociedade de consumo, como as questões da ética, tecnologia e ciência. Debate diferentes posicionamentos acerca dos transgênicos, da fome e da segurança alimentar. Enfatiza que existem inúmeras respostas para o conceito de gastronomia, o quanto é importante dar-se conta de que a história é dinâmica e a sociedade está em constante mutação, e como a gastronomia segue essa tendência.

INTRODUÇÃO

No dia três de março de dois mil e oito, teve início o curso Vivências Culturais de pós-graduação em gastronomia. Durante as primeiras aulas, num misto de curiosidade e alienação, a turma composta por profissionais de diversas áreas, era apresentada a termos como gastrônomo, gourmet e gosto. Aos professores, Wanessa C. Asfora e Carlos Alberto Dória couberam a tarefa, além de ministrar as devidas disciplinas, de instigar os alunos a abrirem suas mentes para conceitos referentes à sociologia, história e antropologia. Conceitos que, para grande maioria destes alunos, eram inexistentes no que se compreendia por gastronomia.

O termo gastronomia, no início deste curso, poderia ser facilmente descrito como “uma disciplina onde se ensina receitas de alto padrão e técnicas a serem utilizadas na elaboração dos pratos”. Esses alunos sabiam pouco sobre a importância da disciplina, e o que realmente significa nos dias de hoje. Mas se matricularam no curso porque, em sua ignorância, sabiam que o estudo da gastronomia vai muito além da elaboração belos pratos. Como descreve Paula Pinto e Silva: “A gastronomia está em alta. Antes reservada ao recinto das cozinhas e a publicações especializadas, hoje já freqüenta livremente todos os espaços do nosso cotidiano, a tal ponto que, atraindo o interesse de um público cada vez maior e dos meios acadêmicos, foi parar na sala de aula dos cursos superiores.” (SILVA, 2005, p.7)

O curso, através das disciplinas teóricas e vivências experienciadas ao longo do ano, tevê a proposta de elucidar o conteúdo histórico, sociológico e antropológico da gastronomia. Palestras, experiências, visitas e aulas foram elaboradas para formular, com mais embasamento, o conceito gastronômico. As pesquisas usadas, para esse trabalho de conclusão de curso, foram os papers elaborados ao final de cada uma das cinco vivências. Nestas vivências, as experiências, também descritas por Henrique Carneiro como “distinção social pelo gosto, restrições e imposições dietéticas, identidades étnicas e construção de papéis dentro de uma sociedade” (2003, p.1), formaram um conjunto prático e teórico para demonstrar o amplo campo gastronômico.

A primeira vivência, Afinal, comemos com os olhos, com a mente ou com a boca?, Teve como meta associar os cinco sentidos – olfato, audição, visão e paladar – às lembranças e gostos de cada indivíduo. Como cada alimento pode trazer informações associadas a dois diferentes enfoques, o biológico /natural e o econômico/cultural (CARNEIRO, 2005). Com experiências sensoriais, em conjunto com o patrimônio cultural de cada aluno, pode-se reconhecer informações que identificaram o alimento, de acordo com os conceitos de bom e ruim. A partir desse conceito de bom e ruim, foram passadas explicações para entender o significado de sabor e gosto. Sabor é classificado por processos puramente fisiológicos, resultado da associação palativa das papilas gustativas, do aroma, e das sensações táteis químicas, não podendo ser classificado como bom ou ruim. Gosto é o conjunto de sabores, numa concepção coletiva, influenciado pelos padrões culturais desta sociedade, não podendo ser individual, reproduzido principalmente no âmbito familiar (DÓRIA 2009a).

“A definição do gosto faz parte do patrimônio cultural das sociedades humanas. Assim como há gostos e predileções diversos em diferentes povos e regiões do mundo, assim os gostos e as predileções mudam no decorrer dos séculos”. (MONTANARI, 2008, p. 95)

A parte final da vivência abrigou a palestra da antropóloga brasileira Paula Pinto e Silva, como convidada especial. Em outras palavras, e também descrito em seu livro, Paula exemplificou um idioma culinário próprio, “com base nos alimentos, utensílios e modos de comer das diferentes culturas do brasileiro” (2005, p.26). Assim mostrou, com um conteúdo antropológico nacional, os enfoques já descritos acima por Carneiro. Paula defendeu que os caminhos da antropologia, junto com a cozinha da sociedade colonial, com ingredientes indígenas, de negros e brancos, consolidaram o patrimônio cultural e biológico brasileiro.

Com a segunda vivência, Mesas, cardápios e banquetes, refeições de época foram encenadas com intuito de recriarem o patrimônio cultural, social e gastronômico de diferentes épocas. Começa com encenação de um ambiente familiar camponês na alta idade média, onde o pão, os cereais e um pouco de carne formavam base da alimentação da classe pobre medieval. De acordo com Allen Grieco1, quanto mais baixa a posição social, maios era a porcentagem para compra de pão. O pão, com uma pouca quantidade de carne, era o complemento para as sopas e papas feitas espacialmente de cereais e legumes, que para esta classe, era a maneira ideal de utilizar ao máximo os poucos ingredientes da sua dieta, o que se julgava ser, pela alta sociedade, comida fora dos padrões divinos.

A segunda recriação foi um casamento italiano renascentista no final século XV. Numa Itália, onde o comércio e costumes estavam à frente do restante da Europa2, houve a introdução de uma variedade maior de especiarias, e também a reabilitação de alimentos que antes eram excluídos da alta sociedade, como os legumes. Para esta montagem foram recriados personagens da corte italiana, como o scalco e o trinchante, também como regras de etiqueta, tocando trombetas para cada seqüência de pratos, e uma bancada representando a credenza (STRONG, 2004). A última encenação foi um jantar francês, no início do séc. XIX, com mesa posta à la russe, onde no cerimonial, os pratos são servidos ao mesmo tempo e individualmente.

Intitulada Visita técnica – restaurantes, a vivência três abordou temas sobre logística, práticas gastronômicas e conceitos de três diferentes estabelecimentos. Nesta vivência, por meio de discussões, foi apresentado o Restaurante Valentina, como um ambiente mais despretensioso, onde o comfort food, faz parte do cardápio sazonal e italiano da casa. No Dui, segundo restaurante visitado, com um cardápio fixo, a chef bel Coelho explicou que sua inspiração vem de todos os lugares: filmes, teatro, música, e principalmente, dos ingredientes. Citou a dificuldade para encontrar ingredientes brasileiros de boa qualidade. Na terceira e última visita do dia fomos recebidos pela perfeição: funcionários rigorosamente vestidos e com sorrisos padronizados nos receberam na cafeteria Nespresso.

A culturalização e valorização dos ingredientes permearam boa parte desta vivência. Para Mariana Valentin, chef do Valentina, o ingrediente é questão de apropriação cultural e econômica3. Ela enfatiza que é necessário ter sempre em mente a sazonalidade para trabalhar com custos mais baixos, em um estabelecimento com preços mais acessíveis. Já, a chef Bel Coelho, explicou a dificuldade que muitas vezes enfrenta para ter acesso a ingredientes específicos e pequenos produtores. Tenta compreender porque alguns ingredientes nacionais podem ser mais caros do que um importado, e, em parceria com outra chef brasileira, estuda maneiras de melhorar a logística gastronômica dentro do Brasil. Neste ponto de vista, a chef Bel Coelho idealiza o que Carlo Petrini descreve sobre “ser um gastrônomo”: “Coprodutor que compartilha idéias e prazer, além de busca por qualidade, felicidade e de uma nova dignidade para os campos e as pessoas que produzem o alimento. O gastrônomo compartilha seu ser gastrônomo com outros produtores, chefs, [...] desmistificando o duplo princípio de duas frases emblemáticas: comer é um ato agrícola e produzir deve ser um ato gastronômico.” (PETRINI, 2009, p.10)

A vivência quatro, intitulada Polêmicas na alimentação, pega carona o aspecto sócio/ambiental da cozinha de ingredientes, assunto superficialmente explicado vivência anterior. Em formato de mesa redonda, as professoras e profissionais da área de gastronomia, Wanessa C. Asfora, Joyce Galvão e Martha Tatini debateram a fundo, pontos como: comercialização de transgênicos, aumento da tecnologia na indústria do agribusiness, uso de fertilizantes e agrotóxicos, ataque ao meio ambiente, nutrição nos dias atuais e o impacto de todos esses fatores na saúde do homem.

O livro de Michael Pollan, Em defesa da Comida. Um manifesto, foi utilizado como disparador da discussão na mesa redonda, mas os tópicos, abordados na mesma, foram além da questão do nutricionismo levantada pelo autor4. A questão da doutrina nutricionista se insere em um panorama maior, quando explorada dentro da perspectiva de todas as questões contemporâneas relacionadas à alimentação. Elencaram-se cinco tópicos: comida e prazer, comida e vida contemporânea, o discurso dos orgânicos, o papel da mídia e a perspectiva histórica. Tópicos que serão explicados na seção 2.4 do desenvolvimento neste trabalho.

Na última vivência, Roteiros turísticos, cada grupo teve um enfoque específico de lazer e tipologia, em estabelecimentos variados do ramo gastronômico. Foram apresentados lugares como: padaria, mercearia, restaurante de comida típica, restaurante com cozinha mais refinada, cafeteria e bar. Em cada estabelecimento, os alunos ouviram explicações sobre a história do local, logística, cardápio e conceito. Também foi explicado o ponto de vista do empreendimento sobre o que se procura, e demanda, a clientela desses estabelecimentos. Outra parte importante dessa vivência foi a elaboração de um roteiro turístico com enfoque na gastronomia. O detalhamento deste aspecto foi o principal ponto para esta vivência ser dividida entre os grupos. Foram elaborados trajetos específicos, levando em conta pontos turísticos da cidade de São Paulo, em conjunto com atividades de cunho social, voltadas para o entretenimento do percurso na vivência. Com enfoque nas cafeterias, um nicho novo no Brasil, o grupo precisou relevar a problemática de pouco conteúdo específico para pesquisa sobre esse setor no Brasil.

Este trabalho tem o objetivo de detalhar as experiências vivenciadas ao longo do curso de pós-graduação, que serviram de ferramenta para complementar o conteúdo teórico, na formação do que se define, nos dias de hoje, por gastronomia.

“A gastronomia é um saber gratuito porque modifica artificialmente a relação saber-necessidade da alimentação. Só se pode reivindicar dentro do espírito lúdico [...], pois quando o gourmet cai na tentação do sectarismo e do dogma, transforma-se num pedante árbitro do nada.” (Manuel Vásquez Montalbàn apud DÓRIA, 2009a, p.3)

1 FLANDRIN; MONTANARI, 1998 apud GRIECO, p.467.2 Ver STRONG, 2004, capítulo 4.3 Para um melhor entendimento sobre apropriação cultural e gastronômica, ler o livreto: DÓRIA, Carlos Alberto. A formação da culinária brasileira. São Paulo: Publifolha, 2009. Também explicações sobre sistemas alimentares e assimilação, nas seções Ninguém cozinha em abstratoe Olhar para o Oriente do capítulo 2. DÓRIA, Carlos Alberto. A Culinária Materialista: a construção racional do alimento e do prazer gastronômico. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2009.4 Descrito no primeiro capítulo, The Age of Nutricionism. POLLAN, Michael. In Defense of Food: an eater’s manifesto. New York, NY: The Penguin Press, 2009.

Fonte
Comer e idealizar: evoluções na gastronomia publicado 10/05/2010 por Luana Budel em 

Luana Budel
Diplomada em Gastronomia pela FMU-Faculdades Metropolitanas Unidas. Trabalhou em casas paulistanas, como os extintos Restaurante Namesa e Livraria Millie Foglie. Viveu em Amsterdam, Holanda, como chef/sócia do Green Planet Restaurant, restaurante orgânico/vegetariano. De volta ao Brasil chefiou a cozinha quente do restaurante japonês Kosushi em São Paulo. Pós-graduada em Gastronomia – Vivências Culturais, no SENAC e membro do Slow Food. Atualmente, com o projeto Falando Abobrinhas.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O PONTO DE VISTA DE SANTI SANTAMARIA


BIENVENIDOS AL RESTAURANTE
por Santi Santamaria en 21 de Enero, 2011

La primera modalidad de acogida en un restaurante es la atención al cliente que llama por teléfono o envía un correo electrónico o rellena un formulario en línea en nuestra web para hacer una reserva. En el caso de una llamada, siempre hay que dar el nombre de la casa: “Can Fabes, dígame”. Luego se debe atender al cliente como si lo viéramos entrar por la puerta, sobre todo si es un habitual. Hay que evitar apabullar al cliente a la hora de pedirle los datos necesarios para la reserva: nombre, número de comensales, hora de llegada, teléfono de contacto. Las solicitudes de reserva por correo electrónico directo o a través del formulario cumplimentado en línea, cada vez más mayoritarias, deben atenderse con la máxima prontitud y corrección.

Fuera de España, en algunos restaurantes se pide incluso un número de tarjeta de crédito como garantía en caso de cancelación de última hora. Otra medida que se toma para evitar los problemas que genera este tipo de cancelaciones, por desgracia cada vez más frecuentes, es no aceptar reservas con más de un mes de antelación. El buen manejo del libro de reservas por parte de la persona responsable puede permitir distribuir de forma más equitativa a la clientela a lo largo de la semana, sin que se produzcan aglomeraciones un día y entradas discretas al siguiente.

El personal del restaurante come a las doce y media, se ducha y se arregla para que, a la una y media, todo el equipo esté impecable para recibir a los clientes. El cliente tiene que ver que lo estaban esperando, y esperándolo con alegría, porque se ha trabajado mucho y bien antes de su llegada para atenderlo de modo inmejorable. La casa tiene que estar en forma y a punto.

No pueden faltar nunca un “buenos días” y una sonrisa a la hora de recibir a los clientes, siempre con naturalidad. Luego está la parte mecánica: preguntar si el cliente tiene reserva, memorizar si es la primera vez que acude al restaurante; a los clientes habituales hay que saludarlos por su nombre; a los clientes sin reserva que se presentan cuando el local está completo hay que atenderlos con tacto, evitando que se sientan rechazados, igual que los clientes cuya indumentaria no cumple con las normas de etiqueta de la casa. En definitiva, se debe combinar tacto y discreción,

A mí me gusta que me pregunten si deseo tomar un aperitivo antes de pasar a la mesa. Es un momento de relajación y adecuación al local.

Los momentos extremos, cuando se producen aglomeraciones con la llegada de varios grupos de comensales, son delicados y hay que saber distribuir pronto y bien a la gente, porque siempre tiene que haber alguien en la puerta para atender al cliente que entra.

Hay que estar atento al detalle y evaluar las situaciones y las personas en cuestión de segundos: guardar los abrigos, los paraguas, todo lo que pueda estorbar al comensal; situar a los comensales en las mesas y los comedores adecuados, para que no se sientan fuera de lugar o incómodos. Y se tiene que hacer con prontitud, amabilidad y una vez más, y como siempre, discreción, porque, en la acogida, como en tantas otras cosas, lo más importante no es lo que se hace, sino cómo se hace.

AS FOTOS SÃO DO MENU DO Restaurante Can Fabes
[http://www.canfabes.com/es/carta-i-menu]



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Google Recipes ajuda você a encontrar receitas na internet

thanksgiving hp Google Recipes ajuda você a encontrar receitas na internet

O Google anunciou hoje a implementação de uma nova opção de pesquisa segmentada no Google Search que refina os resultados de pesquisa para receitas e ingredientes.

No Google Recipes, os resultados segmentados exibem informações adicionais como avaliações de leitores, seleção de ingredientes e fotos. Os resultados também ser filtrados com base nos componentes da receita, tempo de cozimento e contagem de calorias.

"No Google nós gostamos de 'comer sua própria ração' (DogFood), o que significa que gostamos de testar os nossos próprios produtos e recursos nos antes de liberá-los para o consumo público. Com o Recipes, temos experimentado mais do que o habitual", explica Kavi Goel, Gerente de Produto.

Abaixo, o Chef do Google, Scott Giambastiani, demonstra como ele usa o Recipes para encontrar suas grandes receitas para os Googlers:

O Google Recipes está sendo lançando apenas nos EUA e Japão, mas a empresa promete adicionar mais países no futuro.

Nota: Para adequar suas receitas ao Recipes, consulte este tópico na Central de Ajuda do Google para webmasters.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Alimentação Natural, a Única Escolha



A alimentação natural e consciente se alicerça em um tripé: deve ser natural (quando nada lhe foi acrescentado em excesso), integral (quando nada lhe foi tirado desnecessariamente) e vegetariana



Acredito que originalmente o homem foi vegetariano, pois seria muito difícil para ele matar, cortar e comer carnes de animais tão duras com flechas e facas de pedras. Um naturalista, antropólogo ou biólogo que encontrasse um único dente de animal, extinto ou não, de imediato nos saberia dizer a natureza alimentar desse animal: se carnívoro, herbívoro ou frugívoro. Creio até mesmo que qualquer de nós, simples leigos no assunto, se compararmos um dente de um cão e de um boi imediatamente saberemos tratar-se de um animal carnívoro e outro de um herbívoro. Veremos que são dentes de animais vegetarianos (juntos e retos), enquanto os dos carnívoros são pontiagudos e separados. Lembro ainda que, além disso, a arcada dos carnívoros é sempre com focinho avançado para poder morder sua presa, enquanto os vegetarianos tem a arcada não projetada em focinho e em forma de meia lua. Acresça-se o fato de que os intestinos de um animal carnívoro tem entre duas e três vezes a sua altura, para que a carne putrefata possa ser rapidamente eliminada, sem causar dano ao organismo, face às toxinas produzidas pela sua decomposição. Já os intestinos de um vegetariano têm longo comprimento, cerca de sete vezes a sua altura. No homem, os intestinos têm de 10 a 12 metros, o que mais uma vez vem comprovar anatomicamente a natureza alimentar vegetariana do ser humano. Observo também que, fisiologicamente, os animais carnívoros produzem 10 vezes mais ácido muriático do que os vegetarianos, sendo este o caso dos seres humanos, que produzem menos ácido clorídrico no suco gástrico. Vemos ainda no processo digestivo que os animais produzem grande quantidade de bactérias de putrefação para poderem decompor, degenerar as carnes, fazendo com que se putrefaçam. Daí o fétido odor dos carnívoros. Deixe de comer carne por apenas uma semana e veja como seu cheiro muda, deixando de ser tão fedorento para ser até agradável. Os animais vegetarianos, tais como nós, produzem tão somente bactérias de fermentação para elaborarem a transformação digestiva dos alimentos. 

Mostro ainda que os animais vegetarianos respiram e transpiram por toda a pele através dos poros, para refresca-los, pois vivem durante o dia sob o sol, quando buscam seu alimento; enquanto os animais carnívoros transpiram não pela pele, mas pela língua, pois dormem durante o dia e à noite caçam, não precisando pois refrescar a pele. Já que transpiramos pela pele e não pela língua, somos, por origem vegetarianos. 

Outra prova, a seu ver, relaciona-se à curiosa maneira de beber água dos carnívoros, que o fazem com a língua, enquanto os vegetarianos a sorvem, chupam, bebem enfim a água, ao invés de lambê-las. Ele considera importante ainda notar que os animais vegetarianos, ao mastigarem seus alimentos, produzem um breve deslizar horizontal da mandíbula, mas os animais carnívoros simplesmente não mastigam porque não conseguem movê-la lateralmente, senão para cima e para baixo, engolindo a carne aos pedaços, isso porque fazem a digestão da carne no estômago e intestinos, enquanto nós, vegetarianos começamos a digerir na boca com a ptialina, enzima produzida junto com a saliva para digerir os aminoácidos, durante o processo de mastigação, e usando para isso os dentes molares que tem seu nome originário da pedra de mó, pedra de moer. Morrer é uma coisa que nenhum de nós quer. E entre morrer hoje e morrer amanhã, todos preferimos morrer amanhã e quanto mais tarde melhor. Gatos e cães, de quem tanto cuidamos e gostamos, infelizmente vivem muito pouco, entre 12 e 15 anos somente. O mesmo não ocorre com a tartaruga que vive perto de 300 anos, com o elefante, que vive em média 200 anos, ou ainda, com o falador papagaio, que vive cerca de 100 anos. Aparentemente eles nada tem em comum, pois um é réptil, o outro mamífero e o outro ave; um tem carapaça, o outro couro e outro penas. Mas, os três tem em comum o fato de serem vegetarianos, e a esse fato devem a sua longevidade. Para mim, se quisermos viver mais anos, e com melhor qualidade de vida, é imprescindível sermos vegetarianos. Outro coisa interessante de se perceber, na minha opinião, é que muitos de nós, hoje mais do que nunca, estamos assustados com a violência do mundo, que se intensifica de uma maneira assustadora; isso porque o "sangue é o adubo da violência". Lembrando, entretanto, que os animais vegetarianos vivem sempre em bandos, perfeitamente harmonizados entre si, e ainda com os de outras espécies, como girafas, zebras, antílopes, etc, que pastam em bandos juntos. Enquanto isso, os animais carnívoros delimitam seus territórios e seu poder sobre ele, e quase sempre estão sós ou quando muito junto a outros de sua própria espécie, no máximo de sua própria família. E ainda assim, muitas vezes, eles vêm comer seus próprios filhotes. 

Assim tornar-se vegetariano é também uma tentativa individual de atenuar a violência no mundo. Recomendo aos que desejam seguir uma alimentação consciente a se absterem de comer, vestir e usar qualquer produto de origem animal: carne, ovos, leite e laticínios, seja na comida, na roupa, utensílios ou remédios. Muitos pensam promover melhoria quando deixam de comer carne vermelha e passam a comer somente carne branca (frango, peixe, etc.). 

Ora, carne é carne, seja ela vermelha, branca, amarela ou azul. Além disso, a carne de peixe ou os frutos do mar são o pior karma alimentar que se adquire. Você já pescou? Já viu um peixe morrer? Já viu o desespero dos crustáceos vivos colocados numa panela de água quente? Sem falar que ela se putrefaz com extrema rapidez, pois em 1g de carne de peixe existem 870 mil bactérias, produzindo os comuns casos de intoxicação. Quanto às carnes de ave fazem o mesmo mal, já que constituem o maior produtor de colesterol que existe. E o peito de frango é o local onde se concentram mais hormônios, acrescidos dos já presentes na ração animal. Hormônios estes que também são usados para acelerar a intensificar o processo das regras menstruais das aves; sim, pois os ovos das galinhas nada mais são do que a menstruação das mesmas. Levando em conta que todos esses hormônios são femininos, imaginem o que eles não podem desencadear nos homens ao serem ingeridos, se já nas próprias mulheres produzem alterações. Advirto ainda quanto ao famoso caldinho de carne, que é tão rico em uréia que qualquer indivíduo que o levasse a uma análise perguntaria estupefato "Quem fez xixi na minha sopa?". 

Considero importante lembrar que, no espaço médio de uma sala, por exemplo, não se consegue criar qualquer tipo de animal de corte, boi, vaca, etc, mas se pode fazer muitos canteiros de cenouras, beterrabas, etc, o que nos leva a concluir também que a alimentação vegetariana tem um alcance social muito maior, alimentação muito mais pessoas com menos necessidade de espaço. "É absurdo o fato de que 60% da terra agricultável do mundo é dedicada ao plantio forrageiro, isto é, ao de alimentos para o gado.

Fonte: Helder Carvalho para o Jornal Ganesha (http://www.ganesha.jor.br) - outubro de 1993.